segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conferência sobre Mudanças Climáticas

Começa hoje, dia 07 e vai até o dia 18, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP15, que poderá decidir o futuro da luta contra o aquecimento global. Esta conferência está sendo considerada uma das mais importantes da história dos encontros de acordos multilaterais ambientais, pois estará em pauta o acordo que poderá substituir o Protocolo de Kyoto. Mais de cem chefes de nação já confirmaram a presença no encontro.

Como em todos as reuniões de cúpula, tudo pode acontecer: desde um fracasso, sem nenhum acordo (e ficando tudo para uma nova conferência em 2010), passando por definições de apenas alguns aspectos (para não dizer que não a conferência não serviu para nada), um acordo de implementação (que pode não valer muita coisa, pois dependeria da vontade de cada país implantar suas metas), um acordo único (substituindo o Protocolo de Kyoto), até uma emenda ao próprio Protocolo de Kyoto.

Cada bloco puxa para um lado. Os EUA preferem a opção do acordo de implementação, pois não estariam sujeito a regras internacionais (que eles nem sempre cumprem). Os países em desenvolvimento temem que isto possa servir de barreira não tarifáfia para as exportações, como base nas emissões de CO2.

A aprovação do Protocolo de Copenhage, em substituição ao de Kyoto, também não é bem vista pelos países em desenvolvimento, pois pode significar um retrocesso e uma manobra dos países desenvolvidos para abandonar o que foi feito em Kyoto (que foi rigoroso para estas nações) e começar tudo do zero.

Finalmente, há a possibilidade de se fazer uma emenda ao Protocolo de Kyoto, com novas metas de redução de emissões, com validade legal. Esta opção é defendida por muitos países em desenvolvimento.

Lembrando que o Protocolo de Kyito estabeleceu metas e prazos para controlar num primeiro esforço quatro gases: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e hexafluoreto de enxofre (SF6), acompanhados por duas famílias de gases, hidrofluorocarbonos (HFCs) e perfluorocarbonos (PFCs). O Protocolo teve como objetivo reduzir as emissões dos gases de efeito estufa de 5,2 % comparado aos níveis de 1990 no período de 2008 a 2012, sendo obrigatório para os países relacionados no Anexo I (países da OCDE e do antigo bloco soviético) e não obrigatório para os países em desenvolvimento.

Vamos torcer que os representantes de cada país pensem mais em nosso planeta do que no seu próprio umbigo. Afinal, se este barco chamado Planeta Terra afundar, vamos todos juntos se afogar, pobres ou ricos, brancos, pretos ou amarelos.

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